Christian Gurtner

22 de nov de 20191 min

A Musa de Dante

Atualizado: 5 de dez de 2020

Em vários poemas de Dante Alighiere – principalmente no mais famoso deles “A Divina Comédia”- a figura de uma adorada mulher está sempre presente: Beatriz.

O poeta tomou Beatriz como musa e, assim, escreveu uma obra que atravessou os séculos e moldou toda a mentalidade mitológica de uma era.

Renato Russo, em uma de suas músicas disse “quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?”, e nada melhor que a relação de Dante com Beatriz para comprovar isso.

Na verdade a palavra “relação” talvez não seja a mais propícia para explicar toda a inspiração que Beatriz estimulou no poeta florentino. Descrita por ele como “gloriosa dama de minha mente” e também “ela é a minha bem-aventurança, a destruidora de todos os vícios e a rainha da virtude e da salvação“, os dois nunca chegaram a se conhecer, tendo se cruzado somente duas vezes: uma quando crianças e uma segunda vez, quando adultos, nas ruas de Florença, Beatriz passou por Dante e o cumprimentou.

A bela musa morreu com apenas 24 anos, impossibilitando que o poeta que desenhou o paraíso e o inferno em seu poema pudesse conhecê-la de verdade.

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