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  • Foto do escritorChristian Gurtner

Bonnie & Clyde

Atualizado: 3 de dez. de 2020



Conheça a história de amor e crime que fascinou e aterrorizou os Estados Unidos na época da Grande Depressão.

PATRONOS

Esse episódio foi possível graças ao apoio de Jim Bruno Goldberg, Cássio Cassiano da Silva, Henrique Lucas, Samuel Bezerra de Lima, Valdemar Arantes Neto, Pacifico Fernandes, EDMAR SILVERIO PEREIRA, Karl Milla, Silvia Mitsu D’ Avola, Luís Andrade, Etel Sverdlov, Miguel estevão santos correa, José Vitor, Hisse Cabral

 

TRILHA SONORA

  1. Classic Horror— Kevin MacLeod

  2. Divertissement — Kevin MacLeod

  3. Symetry- Kevin MacLeod

  4. Scheming Weasel — Kevin MacLeod

  5. Funkeriffic — Kevin MacLeod

  6. Ambush in Rattlesnake Gulch — Brian Boyko

  7. Ghostpocalypse — 2 The Call — Kevin MacLeod

  8. Hitman — Kevin MacLeod

  9. Ambient Bongos — Alexander Nakarada

  10. Symmetry — Kevin MacLeod

  11. Sweeter Vermouth — Kevin MacLeod

  12. Dreams Become Real — Kevin MacLeod

  13. Countdown — Alexander Nakarada

  14. Me and the man in the moon — Ambassadors

  15. Relent — Kevin MacLeod

 

BIBLIOGRAFIA

  1. MCGASKO, JOE. The Real Bonnie and Clyde: 9 Facts on the Outlawed Duo. Biography. Disponível em: <https://www.biography.com/news/bonnie-and-clyde-9-facts-lifetime-movie-video>. Acesso em: 6 fev. 2019.

  2. ROSENBERG, JENNIFER. Biography of Bonnie and Clyde, Notorious Depression-Era Outlaws. ThoughtCo. Disponível em: <https://www.thoughtco.com/bonnie-and-clyde-1779278>. Acesso em: 11 mar. 2019.

 



Carro alvejado

Carro em que Bonnie & Clyde foram alvejados

TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO

(As transcrições dos episódios são publicadas diretamente do roteiro, sem revisão, podendo haver ainda erros ortográficos/gramaticais e, assim, pedimos que marquem os erros e deixem uma nota para que possamos corrigí-los)


Ler transcrição completa do episódio


A Grande Depressão

Em 1929, a bolsa de valores de Nova York despencou, provocando sua quebra e tornando-se um dos acontecimentos mais impactantes da história contemporânea.

A quebra da Bolsa resultou na Grande Depressão, afetando vários países e sendo considerado o pior e mais longo período de recessão econômica do século XX, perdurando de 1929 até o fim da Segunda Guerra Mundial.

Nos Estados Unidos, as taxas de desemprego chegavam a 25%, outros 30% dos trabalhadores tiveram reduções em seus salários e muitos migraram de suas carreiras e profissões para trabalhos pesados e mal remunerados.

Muitas famílias foram jogadas na pobreza, perdendo suas casas e muitos casos de morte por subnutrição foram registrados.

A criminalidade aumentava gradativamente e, nesse mundo, surge um jovem chamado Clyde.

Clyde Barrow

Nascido em 24 de março de 1909, no Texas, Clyde Barrow era o sexto de oito irmãos. Cresceu em uma família sem muitas condições financeiras e, vez ou outra, era enviado para morar por um tempo com algum parente.

Frequentou a escola até os 16 anos e sonhava em se tornar músico. Sonho esse que ficava cada vez mais improvável, já que estava, sob influência de seu irmão, cometendo pequenos crimes que logo se tornaram assaltos e roubos com armas. Quando completou 20 anos, já era um fugitivo da polícia.

Em janeiro de 1930 Clyde foi visitar a casa de um amigo no Texas, que havia chamado outros amigos também. Ao chegar foi questão de segundos para que seus olhos parassem sob uma bela jovem que ali estava. Era Bonnie, e ela também olhou para ele.

Foi amor a primeira vista.

Bonnie Parker

Bonnie Parker nasceu no Texas, num primeiro de outubro de 1910. Tinha duas irmãs e uma família que vivia razoavelmente confortável, até que seu pai morre e sua mãe leva todos os filhos para viverem com a avó.

Bonnie era uma jovem muito bonita e se dava bem na escola, e mostrava muito interesse em poesia e literatura e sonhava em se tornar uma atriz.

Ele se envolve romanticamente com um colega chamado Roy e quando estava prestes a completar 16 anos, larga a escola para se casar com ele.

Porém o casamento não estava dando certo e, pra piorar, Roy foi preso cometendo um assalto.

Sem o marido, Bonnie tenta ganhar a vida como garçonete, o que se torna mais difícil quando chega a Grande Depressão.

No ano seguinte, Bonnie, em visita a casa de um amigo, conhece um jovem o qual ela não conseguia tirar os olhos. Era Clyde.

Os amantes

Os dois jovens apaixonados passaram a se encontrar quase todos os dias e um inusitado e grande companheirismo iria transformá-los em algo mais do que simples namorados.

Algumas semanas depois, Clyde foi preso e sentenciado a dois anos de prisão pelos crimes cometidos anteriormente. Mas Bonnie devastada, não permitira tirarem Clyde dela.

Pouco tempo depois ela foi visitá-lo na cadeia, levando secretamente uma arma, a qual conseguiu entregar ao namorado.

Usando a arma, Clyde escapa da cadeia.

Porém, mal passa uma semana e Clyde é recapturado e, dessa vez, sentenciado a 14 anos de prisão num dos mais violentos presídios da região.

Passados dois anos, a vida naquele presídio estava insuportável para Clyde. E o sofrimento era tanto que ele toma uma decisão radical. Cortar dois de seus dedos do pé na tentativa de que, ao se tornar incapacitado fisicamente, fosse ser transferido para outro presídio. Mas para seu azar o pedido foi negado.

No entanto, num golpe de sorte misturado com azar, Clyde não fazia ideia de que, antes mesmo de cortar seus dedos, um processo de soltura já estava sendo preparado para ele e, pouco tempo depois de se mutilar, ele foi solto.

Após a experiência naquele terrível presídio, Clyde concluiu que preferiria morrer a voltar para lá, decidindo levar uma vida honesta a partir de então, porém era a Grande Depressão e vagas de trabalho na vida honesta estavam em falta.

Começam os crimes

Sem emprego e sem uma educação formal, Clyde logo percebeu que a única coisa que sabia e poderia fazer era voltar para a vida do crime. E Bonnie foi com ele.

Clyde junto com seu grupo, conhecido como a Gangue Barrow, que era composta por, dentre outros, o Irmão e cunhada de Clyde, planejaram um assalto a uma loja. A função de Bonnie era ficar no carro de fuga. Mas foi justamente ela que fora presa no assalto.

Contudo, apesar de estar no carro do grupo, não havia provas de ela estivesse participando do assalto e logo fora solta.

Ela descobre que enquanto estava na cadeia, o grupo havia cometido um outro assalto onde algo deu errado e o dono da loja roubada fora alvejado e morto. O grupo agora era procurado por algo muito maior do que roubo.

Se ela ficasse com o grupo, sabia que a morte a aguardava logo a frente. Ela sabia disso pois Clyde afirmou que jamais voltaria a cadeia. Mas no final o estranho amor e a grande lealdade que um tinha pelo outro, falaram mais alto. E se fosse para morrer que fosse ao lado dele.

Bonnie e Clyde

A Gangue Barrow começa a praticar crimes em vários estados nos dois anos seguintes.

Cometiam crimes perto das fronteiras dos estados como forma de fuga, já que, na época, a polícia de um estado não podia cruzar a fronteira para outro estado.

Como forma de não serem reconhecidos e evitarem a polícia, o roubo de carros era constante, bem como a falsificação de placas.

Mesmo sendo procurados pelas polícias de vários estados, Bonnie e Clyde ainda conseguiam voltar, vez ou outra para casa para visitar seus familiares.

O irmão de Clyde, que estava preso, logo ia ser solto, e numa ousadia sem limites, o casal resolve alugar um apartamento no Missouri para receber, Buck, o irmão de Clyde e Blanche, sua esposa.

Chega a polícia

Foram duas semanas de descontração para a gangue no apartamento. Cozinharam, jogaram baralho e dançaram. Mas no dia 13 de abril tudo mudaria.

Clyde percebeu dois carros de polícia parando na porta do prédio, dando início a um tiroteio.

Blanche, a cunhada de Clyde entra em pânico e corre aos gritos para fora do prédio.

No tiroteio, dois policiais foram feridos, sendo que deles morre. A gangue consegue chegar até o carro e, durante a fuga, ainda pegam Blanche no caminho.

Com um policial morto, a situação da gangue piorava. E, apesar de a polícia não ter conseguido prendê-los, o que foi deixado no apartamento fora de grande valia para os investigadores e também para os jornais: dentre vários itens pessoais, um poema de Bonnie foi encontrado e vários rolos de fotos, que mostravam a gangue e, principalmente Bonnie e Clyde juntos, em várias fotos, segurando armas e outras em diversas poses e lugares. Os procurados agora tinham rostos. E não só isso, tinham também uma história que rapidamente os jornais exploraram. Bonnie e Clyde eram agora bandidos conhecidos por todos e procurados por toda a parte.

O acidente

Durante os dias de fuga, Clyde, que tinha o costume de dirigir em alta velocidade, não percebeu um desvio e acabou provocando um grava acidente. Bonnie teve dificuldades de sair do carro e Clyde precisou de pedir ajuda a dois fazendeiros para salvá-la.

O ácido da bateria espirrou por toda a perna de Bonnie e ela ficou gravemente ferida.

Sem poder levá-la a um hospital, Clyde pediu ajuda a todos que conhecia. Bonnie sobreviveu, mas passou a ter dificuldade de andar.

A polícia chega de novo

Um mês após o acidente, a gangue Barrow chegou na proximidades de Platte City, no Missouri. Estavam Bonnie, Clyde, Buck, o irmão de Clyde, Blanche, sua esposa e W.D. Jones. Ali alugaram dois chalés no Red Crown Tavern.

Era 19 de julho de 1933 e alguém bate na porta num dos chalés. Blanche responde dizendo que já abriria, só iria acabar de se vestir.

Mas a gangue já tinha visto que era a polícia e a resposta de Blanche deu tempo para que Clyde pegasse seu rifle automático e começasse a atirar.

A polícia, dessa vez, tinha aprendido a lição estava muito mais preparada para a gangue. Eles atiraram de volta com armamento pesado e foi uma chuva de balas que fez quase todos se protegerem no chão.

O irmão de Clyde, no entanto, continuou de pé atirando contra os policiais e então foi atingido na cabeça, mas sobreviveu.

A gangue conseguiu chegar até o carro e fugiram sendo alvejados pela polícia. Dois pneus foram estourados, bem como os vidros do carro que feriram um olho de Blanche. W.D. Jones atirava contra a polícia, enquanto Clyde dirigia. Bonnie tentava cuidar de Buck e Blanche.

Mesmo com os pneus e vidros estourados, Clyde dirigiu por toda a noite, parando poucas vezes para trocar os pneus e os curativos.

Chegaram em Dexter, Iowa, e pararam numa área de camping para descansar.

O cerco

Mas os restos de curativos trocados chamaram a atenção de um fazendeiro da região que alertou a polícia, que rapidamente juntou uma força de mais de cem homens e iniciaram um cerco ao local onde a gangue descansava.

Era a manhã de 24 de julho de 1933. Bonnie, ao ver a movimentação da polícia deu o alerta para os demais. Clyde e W.D. Jones pegaram suas armas e imediatamente começaram a atirar, mas eram muito poucos em comparação a enorme força policial que os cercava.

Buck, que também atirava sem parar foi atingido por inúmeras balas e sua esposa ficou ao seu lado enquanto o resto da gangue tentava fugir.

Clyde conseguiu entrar em um carro, mas foi atingido no braço e bateu em uma árvore.

Junto com W.D. Jones e Bonnie, Clyde então cruzou o rio enquanto fora alvejado mais três vezes, mas por algum milagre os três conseguiram fugir, todos os três feridos, mas vivos, e roubaram outro carro para continuar a fuga.

Blanche, que permaneceu o tempo todo ao lado do marido baleado, fora presa, e Buck, morreu poucos dias depois.

W.D. Jones, desistiu de ficar com o grupo e foi embora.

O fim

No final de 1933, finalmente recuperados, Bonnie e Clyde voltam a ativa. Poucos meses depois conseguem ajudar alguns prisioneiros fugirem do presídio onde Clyde cumpriu pena. Um dos prisioneiros permaneceu com o casal, era Henry Methvin, que passou a participar dos crimes.

Com o passar do tempo, o bando passou a visitar o pai de Methvin periodicamente, e a polícia começou a perceber isso.

Os responsáveis pelo caso começaram então a elaborar uma armadilha para o casal.

Muitos dizem que fora o pai de Henry Methvin que fez um acordo com a polícia em troca de pouparem seu filho. O fato é que os policiais sabiam exatamente quando Bonnie e Clyde estavam a caminho da casa do pai de Henry, talvez para encontrá-lo, já que ele havia se separado do grupo.

A armadilha estava pronta. Os policiais usaram um dos caminhões do pai de Henry para simular que ele estava com problemas na beira da Highway 154, na expectativa de que Clyde parasse para ajudar.

Pouco depois das 9h da manhã, do dia 23 de maio de 1934, o Ford V8 do casal se aproxima. Clyde reduziu a velocidade para ver o que estava acontecendo, mas já era tarde demais, os seis policiais que estavam escondidos rapidamente surgiram e abriram fogo. Mais de 130 balas acertaram o carro. Foram tantos tiros que destruíram a cabeça de Clyde e arrancaram uma das mãos de Bonnie. Os dois morreram na hora. Bonnie ainda segurava o sanduíche que comia.

Mesmo com os dois visivelmente mortos, Frank Hamer, o policial responsável, ainda se aproximou do carro e descarregou sua arma no corpo de Bonnie.

Era o fim de Bonnie e Clyde.

Mas era o início da lenda do casal de criminosos que se tornaram mundialmente famosos.

Separados

O desejo do casal era de ser enterrado lado a lado, mas as famílias não o fizeram, enterrando cada um em um cemitério diferente.

Poema de Bonnie

You’ve read the story of Jesse James of how he lived and died. If you’re still in need; of something to read, here’s the story of Bonnie and Clyde.

Now Bonnie and Clyde are the Barrow gang I’m sure you all have read. how they rob and steal; and those who squeal, are usually found dying or dead.

There’s lots of untruths to these write-ups; they’re not as ruthless as that. their nature is raw; they hate all the law, the stool pigeons, spotters and rats.

They call them cold-blooded killers they say they are heartless and mean. But I say this with pride that I once knew Clyde, when he was honest and upright and clean.

But the law fooled around; kept taking him down, and locking him up in a cell. Till he said to me; “I’ll never be free, so I’ll meet a few of them in hell”

The road was so dimly lighted there were no highway signs to guide. But they made up their minds; if all roads were blind, they wouldn’t give up till they died.

The road gets dimmer and dimmer sometimes you can hardly see. But it’s fight man to man and do all you can, for they know they can never be free.

From heart-break some people have suffered from weariness some people have died. But take it all in all; our troubles are small, till we get like Bonnie and Clyde.

If a policeman is killed in Dallas and they have no clue or guide. If they can’t find a fiend, they just wipe their slate clean and hang it on Bonnie and Clyde.

There’s two crimes committed in America not accredited to the Barrow mob. They had no hand; in the kidnap demand, nor the Kansas City Depot job.

A newsboy once said to his buddy; “I wish old Clyde would get jumped. In these awfull hard times; we’d make a few dimes, if five or six cops would get bumped”

The police haven’t got the report yet but Clyde called me up today. He said,”Don’t start any fights; we aren’t working nights, we’re joining the NRA.”

From Irving to West Dallas viaduct is known as the Great Divide. Where the women are kin; and the men are men, and they won’t “stool” on Bonnie and Clyde.

If they try to act like citizens and rent them a nice little flat. About the third night; they’re invited to fight, by a sub-gun’s rat-tat-tat.

They don’t think they’re too smart or desperate they know that the law always wins. They’ve been shot at before; but they do not ignore, that death is the wages of sin.

Some day they’ll go down together they’ll bury them side by side. To few it’ll be grief, to the law a relief but it’s death for Bonnie and Clyde.

-Bonnie Parker

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