Concordo muito. Hoje quando procuro alguma informação, preciso pegar pelo menos umas três fontes, considerar o viés de cada, cruzar e tirar minhas próprias conclusões.
A verdadeira intenção da regulação das redes, está na cara mas poucos querem ver. Sim, o jornalismo está morto.
sou jornalista (e filha de jornalista), então esse texto me pegou de um jeito especial. fiquei pensando muito sobre o que você disse e acho que essa crise do jornalismo é inevitável. com a internet, o público passou a entender não só como a notícia é produzida, mas também como ela pode ser manipulada. antes, parecia que só alguns “escolhidos” faziam parte desse processo, hoje qualquer um pode produzir conteúdo. isso, claro, trouxe o lado bom (mais vozes, mais perspectivas), mas também o lado ruim, como essa guerra de narrativas que você cita.
mas eu vejo essa crise como uma transformação necessária. é o mesmo movimento que tem acontecido em outras áreas: as pessoas estão cansadas do que é feito pra massa e começam a buscar o que é mais orgânico, mais verdadeiro, mais feito por quem realmente acredita no que está produzindo.
a gente já viu isso acontecer antes com o conteúdo. teve uma época em que o público queria ver sangue; Balanço Geral, Linha Direta, tudo isso era febre. também tivemos a fase de “conhecer o mundo”, que fez nomes como Glória Maria, Zeca Camargo e até o Bruno de Luca virarem ícones. mas quando esse tipo de conteúdo perdeu interesse, sumiram junto.
hoje eu vejo esse novo movimento surgindo forte no esporte. o caso da Cazé TV é o melhor exemplo: um formato mais espontâneo e verdadeiro, que fez até a Globo repensar o próprio modelo de cobertura. acho que isso mostra pra onde o jornalismo pode caminhar, um formato mais honesto, mais próximo e menos engessado.
e no fim das contas, não dá pra esquecer que notícia também é mercado. jornalismo totalmente imparcial não existe, mas dá pra ser transparente sobre isso e buscar fazer um trabalho honesto. por isso, acho que o jornalismo não morreu... ele só está passando por uma crise necessária pra se reinventar.
seu texto me inspirou tanto que acho que vou escrever um sobre isso também.
Olá Jijana. Muito boa sua constatação daquilo que está em vogue. A falta de confiança matou o jornalismo - aquele que era a fonte do verossímel. Na verdade foi um suicídio. Dificlmente qualquer tipo de mídia conseguirá retomar esse papel. O máximo que teremos, será o "controle". A verdade está espalhada, cate quem quiser. Dá trabalho? Dá.
E assim recomendo ouvir o Hall que vai ao ar em alguns minutos
Ainda acho que há um controle sobre a população sim, apenas mudou de cara, já que o jornalismo “morreu”. Está escondido, por exemplo, no que os influenciadores de redes sociais ditam e muitas vezes, até pelos próprios expectadores que são usados. Nunca se teve tão fácil acesso a informações e ao mesmo tempo tanta ignorância. A manipulação ficou de uma certa forma refinada, reinando, mesmo com a verdade na cara. Agora, o porquê, já é uma outra discussão…
O vasto acesso (à informação) criou uma "preguiça coletiva", sobretudo nos mais jovens e nos adultos infantilizados.
Obter informação, seja ela qual for, por meio de influenciadores é mais "prático" do que agir de forma investigativa na sua obtenção.
Cruzar informações, refletir e meditar pode ser cansativo demais para muitos. De certa forma, como você mesmo disse, o controle ainda existe — mudado, mas existe —, mesmo que não venha de forma forte a partir da mídia dita tradicional.
O espaço de influência social está mais dividido ou pulverizado. A imprensa "clássica" ou o Quarto Poder demorou para reagir às novidades tecnológicas da rede de computadores e perdeu espaço. No entanto, esse poder, mesmo diluído, ainda mantém uma enorme parcela da sociedade à mercê de seus "comandos" e direcionamentos.
Associadas à "carteirada" de especialistas (que muitos nem sabem de quê), às produções acadêmicas criadas para justificar uma agenda, e até aos influencers, as tendências ainda são dirigidas ao grande público.
Mas a liberdade de acesso, mesmo que tenha gerado muitos "preguiçosos digitais", abriu janelas para contrapontos e contranarrativas. Este, para mim, é o fator mais importante, pois a "morte" do jornalismo tradicional criou vários "filhotes digitais" onde, mesmo com exageros e polêmicas, é possível ter embates.
Concordo muito. Hoje quando procuro alguma informação, preciso pegar pelo menos umas três fontes, considerar o viés de cada, cruzar e tirar minhas próprias conclusões.
A verdadeira intenção da regulação das redes, está na cara mas poucos querem ver. Sim, o jornalismo está morto.
sou jornalista (e filha de jornalista), então esse texto me pegou de um jeito especial. fiquei pensando muito sobre o que você disse e acho que essa crise do jornalismo é inevitável. com a internet, o público passou a entender não só como a notícia é produzida, mas também como ela pode ser manipulada. antes, parecia que só alguns “escolhidos” faziam parte desse processo, hoje qualquer um pode produzir conteúdo. isso, claro, trouxe o lado bom (mais vozes, mais perspectivas), mas também o lado ruim, como essa guerra de narrativas que você cita.
mas eu vejo essa crise como uma transformação necessária. é o mesmo movimento que tem acontecido em outras áreas: as pessoas estão cansadas do que é feito pra massa e começam a buscar o que é mais orgânico, mais verdadeiro, mais feito por quem realmente acredita no que está produzindo.
a gente já viu isso acontecer antes com o conteúdo. teve uma época em que o público queria ver sangue; Balanço Geral, Linha Direta, tudo isso era febre. também tivemos a fase de “conhecer o mundo”, que fez nomes como Glória Maria, Zeca Camargo e até o Bruno de Luca virarem ícones. mas quando esse tipo de conteúdo perdeu interesse, sumiram junto.
hoje eu vejo esse novo movimento surgindo forte no esporte. o caso da Cazé TV é o melhor exemplo: um formato mais espontâneo e verdadeiro, que fez até a Globo repensar o próprio modelo de cobertura. acho que isso mostra pra onde o jornalismo pode caminhar, um formato mais honesto, mais próximo e menos engessado.
e no fim das contas, não dá pra esquecer que notícia também é mercado. jornalismo totalmente imparcial não existe, mas dá pra ser transparente sobre isso e buscar fazer um trabalho honesto. por isso, acho que o jornalismo não morreu... ele só está passando por uma crise necessária pra se reinventar.
seu texto me inspirou tanto que acho que vou escrever um sobre isso também.
Olá Jijana. Muito boa sua constatação daquilo que está em vogue. A falta de confiança matou o jornalismo - aquele que era a fonte do verossímel. Na verdade foi um suicídio. Dificlmente qualquer tipo de mídia conseguirá retomar esse papel. O máximo que teremos, será o "controle". A verdade está espalhada, cate quem quiser. Dá trabalho? Dá.
E assim recomendo ouvir o Hall que vai ao ar em alguns minutos
Ainda acho que há um controle sobre a população sim, apenas mudou de cara, já que o jornalismo “morreu”. Está escondido, por exemplo, no que os influenciadores de redes sociais ditam e muitas vezes, até pelos próprios expectadores que são usados. Nunca se teve tão fácil acesso a informações e ao mesmo tempo tanta ignorância. A manipulação ficou de uma certa forma refinada, reinando, mesmo com a verdade na cara. Agora, o porquê, já é uma outra discussão…
Sobre a ignorância:
O vasto acesso (à informação) criou uma "preguiça coletiva", sobretudo nos mais jovens e nos adultos infantilizados.
Obter informação, seja ela qual for, por meio de influenciadores é mais "prático" do que agir de forma investigativa na sua obtenção.
Cruzar informações, refletir e meditar pode ser cansativo demais para muitos. De certa forma, como você mesmo disse, o controle ainda existe — mudado, mas existe —, mesmo que não venha de forma forte a partir da mídia dita tradicional.
E frequentemente o fácil é falso e manipulador…
Concordo.
Informação sempre foi uma arma poderosa, deixar ela circular livremente deve ser um pesadelo pra muita gente
O espaço de influência social está mais dividido ou pulverizado. A imprensa "clássica" ou o Quarto Poder demorou para reagir às novidades tecnológicas da rede de computadores e perdeu espaço. No entanto, esse poder, mesmo diluído, ainda mantém uma enorme parcela da sociedade à mercê de seus "comandos" e direcionamentos.
Associadas à "carteirada" de especialistas (que muitos nem sabem de quê), às produções acadêmicas criadas para justificar uma agenda, e até aos influencers, as tendências ainda são dirigidas ao grande público.
Mas a liberdade de acesso, mesmo que tenha gerado muitos "preguiçosos digitais", abriu janelas para contrapontos e contranarrativas. Este, para mim, é o fator mais importante, pois a "morte" do jornalismo tradicional criou vários "filhotes digitais" onde, mesmo com exageros e polêmicas, é possível ter embates.
Não só demorou a agir, como continuou seu modos operandi, o que escancaraou para o público como a verdade era manipulada.
Perfeito.
O véu de muitos caiu.