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167 itens encontrados para ""

  • Os Pobres Cavaleiros

    Um pouco da história dos cavaleiros templários. Esse episódio faz parte dos fantásticos podcasts mais antigos do Escriba Cafe que, por questões de direitos autorais, não estão disponíveis para download nem pelo feed, Spotify, etc, (nem mesmo pelo player fixo no site) sendo possível ouví-los somente pelo player no respectivo post. Além disso, podem não ter transcrição, bibliografia etc. #História #Primeiratemporada #Religião

  • Os tempos estão mudando

    Um bela reflexão sobre nós e os tempos que estão por vir Esse episódio faz parte dos fantásticos podcasts mais antigos do Escriba Cafe que, por questões de direitos autorais, não estão disponíveis para download nem pelo feed, Spotify, etc, (nem mesmo pelo player fixo no site) sendo possível ouví-los somente pelo player no respectivo post. Além disso, podem não ter transcrição, bibliografia etc. #Filosofia #Primeiratemporada #Reflexão

  • Teorias das Conspiração

    Análise sobre alguns casos de teorias da conspiração. Esse episódio faz parte dos fantásticos podcasts mais antigos do Escriba Cafe que, por questões de direitos autorais, não estão disponíveis para download nem pelo feed, Spotify, etc, (nem mesmo pelo player fixo no site) sendo possível ouví-los somente pelo player no respectivo post. Além disso, podem não ter transcrição, bibliografia etc. #Conspiração #História #Mistérios #Primeiratemporada

  • Experiências

    Esses dois episódios abaixo foram duas experiências sonoras que foram realizadas há alguns anos. Para funcionar, é extremamente necessário o uso de fones de ouvido. Encontre um lugar tranquilo, relaxe e deixe o som te levar. Esse episódio faz parte dos fantásticos podcasts mais antigos do Escriba Cafe que, por questões de direitos autorais, não estão disponíveis para download nem pelo feed, Spotify, etc, (nem mesmo pelo player fixo no site) sendo possível ouví-los somente pelo player no respectivo post. Além disso, podem não ter transcrição, bibliografia etc. #3D #Primeiratemporada

  • Bella Luna

    A relação do homem com a lua é algo fantástico. Vamos conhecer um pouco mais? Esse episódio faz parte dos fantásticos podcasts mais antigos do Escriba Cafe que, por questões de direitos autorais, não estão disponíveis para download nem pelo feed, Spotify, etc, (nem mesmo pelo player fixo no site) sendo possível ouví-los somente pelo player no respectivo post. Além disso, podem não ter transcrição, bibliografia etc. #Reflexão #Lenda #Mitologia #Ciência #Primeiratemporada

  • Até que a morte nos separe

    Um pouco da história e reflexão sobre o casamento pelas diversas culturas. Esse episódio faz parte dos fantásticos podcasts mais antigos do Escriba Cafe que, por questões de direitos autorais, não estão disponíveis para download nem pelo feed, Spotify, etc, (nem mesmo pelo player fixo no site) sendo possível ouví-los somente pelo player no respectivo post. Além disso, podem não ter transcrição, bibliografia etc. #Amor #História #Primeiratemporada #Religião

  • Seis dias no Santuário

    Quando o assunto é escrever ou fazer qualquer coisa que me obrigue a criar, estou sempre “travando” por causa do ambiente e da ferramenta. Preciso constantemente mudar de lugar, como um nômade que, após consumir os recursos de uma floresta, muda-se para alguma terra onde há mais alimento. Foi em um desses travamentos que, certo dia, decidi viajar para o Santuário do Caraça. Não foi uma escolha aleatória. Já estive lá, há muitos anos, e, vez ou outra, retorno. E como parte da história de meu próximo livro acontece lá (spoiler?) resolvi unir o útil ao agradável e escolher o Santuário como a próxima terra do “nômade”. O Santuário do Caraça tem mais de dois séculos de história, tendo como fundador o Irmão Lourenço, que assim se identificava, escondendo o nome verdadeiro e, por isso, envolto em muito mistério. Uma das teorias é a de que ele fugiu de Portugal após ser condenado por traição em um atentado contra o rei. A vida dessa figura dá um livro. Para aumentar ainda mais o mistério, o Irmão Lourenço escolhe um lugar extremamente ermo e de difícil acesso — o lugar é tão isolado que essa descrição é precisa até os dias de hoje — para construir uma pequena igreja em estilo barroco com duas alas para hospedar outros padres, como um mosteiro. Vários anos depois o mosteiro se torna um colégio interno. Não um colégio interno qualquer, mas uma das melhores escolas da América Latina, de onde saíram várias personalidades importantes do passado. O colégio era visitado por D. Pedro I e D. Pedro II e também por filósofos estrangeiros, sendo sempre tópico de várias páginas dos diários ou obras desses visitantes ilustres. Veja abaixo o diário de D. Pedro II sobre sua visita ao Caraça O colégio encontrou seu fim em um incêndio que teve início no laboratório e consumiu parte da biblioteca e uma das alas dos alunos. Haviam obras inimagináveis ali que o fogo levou. Porém, mais do que danos materiais, a história de um grande colégio era também levada pelo fogo ao seu fim. O colégio fechou e alguns anos depois reabriu como uma espécie de mosteiro e museu. De Belo Horizonte ao Caraça gasta-se, no mínimo, duas horas até chegar em um vilarejo com poucas casas e muito verde. Ali passa uma única estrada com placas informando que você está “chegando no paraíso”. Tudo quase deserto. Eu escolhi a época que sabia não ter turistas demais nos fins de semana e praticamente ninguém durante a semana. O período chuvoso deixava tudo mais deserto ainda. A estrada termina em uma espécie de antiquíssima portaria, com enormes portões de ferro com algumas décadas de idade (me parece que hoje concluíram uma portaria mais moderna, estragando, assim, a sensação de início de filme de terror). A partir dessa portaria você começa uma outra viagem. São alguns quilômetros onde há somente a estrada, árvores e você. Estava tudo nublado. Alguém se lembra do início do filme “O Iluminado“, com Jack Nicholson? É basicamente essa sensação que temos ao seguir por essa estrada, porém, trocando a neve por uma enorme floresta. De repente, depois de uma curva, por entre as árvores aparece a torre da igreja de forma majestosa. A construção não tem nada demais, é bonita, sim, mas nem se compara a outras edificações históricas pelo mundo. Mas ali, com todo aquele cenário, a impressão que dá é que a igreja ensaiou por séculos, para que sua aparição para quem chega fosse algo dramático, como as cortinas de uma grande casa de ópera se abrindo para a diva. Me alojei no quarto. Um quarto antigo, com chão de tábuas de madeira nobre que rangem ao serem pisadas, uma cama confortável, teto baixo e uma pequena janela de madeira. Lá existem várias “alas” de quartos, sendo que algumas, reformadas depois do incêndio, mantém os quartos onde ficavam os alunos. Há também a ala dos padres e a casa onde ficavam as serviçais da época. Assim como previ, o lugar estava deserto, somente um funcionário aqui ou ali. O silêncio é sempre absoluto. É uma regra do lugar manter o silêncio ou falar baixo. Não há sinal de celular. A única forma de comunicação é um telefone público velho localizado próximo à recepção. Mas nesse dia – e nos próximos – ele não funcionaria. Uma tempestade havia danificado a linha em algum lugar. Sem telefone, internet e, vez ou outra, sem luz, eu estava incomunicável, isolado do mundo, quase numa viajem no tempo. Fui almoçar. Lá ainda existe o grande refeitório onde alunos e padres faziam suas refeições. Ao subir a escadaria de madeira você consegue imaginar todos aqueles jovens do passado ali, como uma versão tupiniquim de Harry Potter. Enormes e antigos quadros de autores renomados estão pendurados nas paredes, um deles um retrato do misterioso Irmão Lourenço. A comida no fogão à lenha é deliciosamente mineira e bem feita. E naquele enorme salão, assim como seria nos próximos dias, eu almoçava sozinho, ou, às vezes com uma ou duas outras pessoas por ali. Aliás, sozinho, nunca, pois todos os dias, no mesmo horário, um pássaro vinha me visitar, não pela amizade, mas pelos grãos de arroz que caíam na mesa. Eu sempre me sentava à mesa localizada ao lado de uma grande janela de madeira. O tico-tico primeiro pousava na janela e me encarava por alguns minutos, até pular para mesa e então compartilhar a refeição comigo. Fui então ao museu e biblioteca, que fica no prédio incendiado. Foi reformado, mas nas paredes de pedra ainda pode-se ver as marcas do fogo, e metade da edificação estava em ruínas. Lá é possível encontrar objetos e utensílios usados desde os primórdios do mosteiro. Há também as camas onde o Imperador D. Pedro II e sua consorte dormiram ao visitar o colégio. E lembre-se que eu falei que estava praticamente sozinho lá, portanto, essas visitas eram mais mágicas do que possa parecer. Somente eu e a história. Subindo as escadarias do museu encontra-se a biblioteca. Para amantes de livros antigos como eu, é o paraíso. Lá conheci as bibliotecárias Vera e Kelly, responsáveis por manter aquele tesouro. E que tesouro! Livros desde o século XV até aos produzidos em pele, pelos padres do santuário. Após explicar o meu propósito ali, me foi permitido então folhear alguns deles. Me deram um par de luvas e um suporte especial. Eu me sentia como uma criança em uma loja de brinquedos. Segurar um livro de 300 anos de idade é como carregar três séculos de história em suas mãos. Três séculos de pessoas que o leram, que o seguraram, que o escreveram. E, assim, por menor e mais leve que seja o livro, ele pesa bastante em seus braços. Segurar um livro de 300 anos de idade é como carregar três séculos de história em suas mãos No entanto, o livro que mais me chamou a atenção, não era tão antigo assim, mas muito significativo. Era uma obra política que continha algumas críticas ao governo de D. Pedro II. O que isso tem de especial? Em sua visita ao Caraça, o imperador leu esse livro e fez anotações nas páginas, como respostas às críticas. Para quem? Para ninguém; ou para algum discurso futuro; ou para a história. Mas ele tinha essa mania de anotar respostas para as críticas nos livros. E ele lia bastante. Era um conhecido admirador e incentivador das artes e da ciência. Pouco depois chega na biblioteca o padre Denilson. Pessoa simpática e divertida com a qual criei amizade e mantinha conversas sobre religião e literatura em alguns fins de tarde. Já estava entardecendo e eu continuaria minha pesquisa na biblioteca em algum outro momento. Era hora do jantar, e lá ia eu para o refeitório do Harry da Silva, ou Zé Potter (escolham o melhor nome para a versão tupiniquim). Após o jantar, o padre, mesmo sabendo que eu era ateu, me convida para a missa. E eu estava em território religioso por minha livre vontade, portanto “entre no clima”. Eu sempre entro no clima de onde estou, não só por respeito aos anfitriões, como também para absorver tudo o que o lugar representa e toda a sua história, e é claro que fui à missa. No caraça há missa todos os dias, independente se há fiéis ou não, e eu achei aquilo fantástico. Naquela noite a missa foi quase particular, onde numa grande e bela igreja estavam sentados somente eu, uma beata e um padre, enquanto outro padre fazia a missa – numa igreja tão geograficamente inacessível, já era de se esperar isso. Que cena surreal. E o mais interessante: parece que cada vez mais os padres têm abandonado aquela missa cheia de superstições e se voltado para a filosofia e conselhos cotidianos. É interessante, principalmente para cidades pequenas sem muito acesso à informação. A igreja também tem suas peculiaridades. No altar, dentro de um “aquário” de vidro, está o corpo mumificado de São Pio Mártir, soldado romano e mártir cristão. Essa relíquia foi doada ao Caraça pelo Vaticano em 1797. O corpo inteiro está revestido de cera, menos as unhas e dentes, que podem ser vistos em sua forma original. Ao lado um cálice com o sangue do santo misturado com areia. Essa relíquia, pode amedrontrar alguns. Várias coisas no Caraça causam calafrios: as catacumbas, os corredores sombrios, as fantasmagóricas “passagens secretas” e escuros porões e adegas… principalmente a noite, em um dia sem turistas. Que tal vir sozinho por esse corredor abaixo para ir dormir? Após a missa acontece um espetáculo que não se vê em qualquer lugar. O padre coloca carne em uma bandeija e na frente das portas da igreja, bate a bandeija no chão e chama “Guará, Guará”. Em seguida vários minutos de silêncio profundo. Até que, do meio da mata mais abaixo, começam a surgir figuras peculiares: uma matilha de lobos-guará vem, como em quase todas as noites, receber o presente do padre. Quando vemos lobos-guará em fotos, por serem muito esbeltos, acabamos por não perceber o quão grandes eles são. É uma experiência fantástica ver aquilo. Não é um zoológico e nem um circo, é uma família de animais selvagens que vem, por vontade própria, comer o que lhes é oferecido e, em troca, deixarem-se fotografar. E isso acontece em quase todas as noites desde muitos anos atrás. Só o Caraça vale toda a viagem à Minas Gerais D. Pedro II Hora de dormir. Lá se dorme cedo e se acorda cedo. Ao voltar para meu quarto, um silêncio absoluto toma conta da região. Nenhum som humano. E algo estranho também que percebi, nem mesmo aviões passam pela região. Há quanto tempo eu não tinha essa sensação. Na escuridão, num lugar tão antigo e com todo aquele silêncio, nem precisa ser supersticioso para entrar em um terror sem precedentes. Mas não foi o caso dessa vez, tudo o que eu tinha era paz. Cinco horas da manhã. Foi o horário que despertei naturalmente depois de ter dormido uma das melhores noites da minha vida. Coloquei um pesado casaco para suportar o frio congelante da manhã e saí para uma pequena caminhada. Por volta das 5:30 os primeiros sons humanos podem ser ouvidos da cozinha, onde o café era preparado. Às seis horas o café é servido em um outro refeitório, que lembrava uma senzala das cidades históricas e que parece ter funcionado como refeitório dos serviçais da época. Minha programação para todos os dias era, após o café da manha, iniciar uma das trilhas para explorar a região e registrar lugares citados nas histórias e lendas, que possuía picos, cachoeiras e muita história. Porém, cada trilha era uma longínqua e, no meu caso, solitária e perigosa aventura; voltar para o almoço, passar a tarde realizando pesquisas, jantar, assistir a missa, ver os lobos, voltar para o quarto, escrever e então dormir para começar tudo de novo. Eu não gosto de rotina, mas aquela rotina eu sentia prazer em seguir. Cada trilha era uma longínqua e, no meu caso, solitária e perigosa aventura No primeiro dia comecei a caminhada para seguir a trilha até o cruzeiro. Enquanto saía da entrada do colégio, vi a pedra que, quando pela primeira vez fui ao caraça, tomei um escorregão e, ao levantar, vi que havia uma coroa talhada nela. Pesquisando depois descobri que naquela mesma pedra escorregou D. Pedro II. Deveria eu talhar o brasão de Löwenttur ali também? Continuei minha caminhada até o Cruzeiro, local alto, onde uma trilha leva até um rochedo difícil de subir. De lá se tem uma visão deslumbrante da região. Eu e o fim do mundo Há algo de especial em estar sozinho em lugares assim. É como se tudo dependesse só de você. Não há governo, não há polícia e não mais ninguém para ajudar ou atrapalhar. Você está só. E isso é somente um pequeno deslumbre do que várias pessoas no mundo fazem de forma mais radical, se aventurando por dias, sozinhas, mata a dentro, por esporte ou por azar. Continuei a trilha por mais alguns quilômetros para chegar a cachoeira, mas o horário me fez voltar. Após o almoço voltei para a biblioteca e fiz um pedido que as bibliotecárias acharam estranho. Pedi para ver os livros de visitas de 15 anos atrás. E não é que ele ainda existia? Me levaram para um casebre escuro, onde vários arquivos e outros documentos antigos se encontravam. Lá mexi até encontrar os livros dos anos “suspeitos”. Levei os livros de volta para a biblioteca e passei um bom tempo folheando até que voilá! O infame, porém ótimo, dia do ano de 1997 em que eu, minha namorada (que por algum motivo anotou o ano de 1996) e mais um casal de amigos matamos aula para ir ao Caraça, tendo até que trocar um legítimo canivete suíço por uma viagem de táxi de Santa Bárbara até ao colégio do Caraça (já que não há ônibus até lá e nosso dinheiro estava no fim) — e o pior foi ter que tentar convencer o motorista de que aquele canivete dava para pagar umas cinco viagens daquela e ele não acreditar e dizer que estava fazendo um favor. Mas isso é outra história. Uma boa conversa com um velho padre, janta, missa, lobos – que dessa vez não vieram, talvez por causa da chuva – e então hora de escrever. O silêncio de sempre da noite, com o quarto escuro e a luz do notebook com uma página em branco iluminando meu rosto e meus dedos parados sobre o teclado. Nada. Nem uma palavra. Fecho o notebook e vou dormir. Minha próxima aventura matinal foi uma trilha que leva a uma medonha gruta. Depois de um certo tempo de caminhada, começa uma leve chuva que me faz apressar o passo. De repente, no meio do nada, surge uma pequena e antiquíssima igreja, com ruínas de um cenáculo ao lado. Se já não faltava cenário para filmes de terror no Caraça, aquilo era para completar qualquer saga. Ali a chuva piora. Mas piora ao ponto de se achar que o mundo vai acabar. Está vendo aquela portinhola lateral? Foi meu abrigo pela próxima hora, já que a igreja estava trancada. Assim que a tempestade deu lugar a uma chuva mais leve, comecei o caminho de volta. A gruta ficaria para o próximo dia. No caminho de volta, o que antes era uma trilha, tinha virado um rio — sem exageros. Tive que caminhar pela mata lateral, com um escorregão atrás do outro, enxarcado e já cheio de cortes pelos galhos. Chegando de volta ao colégio, parecendo alguém que voltou da guerra, me sentei em um banco e então percebi o quão arriscadas eram essas minhas “aventuras”. Por mais que boa parte fossem trilhas fáceis ou médias (pois o mau tempo me impedia de subir ao pico da Carapuça, meu principal objetivo), havia um “porém” que pode transformar qualquer trilha segura em um perigo iminente. E nem estou falando dos temporais. Trata-se do fato de eu estar sozinho, num lugar sem turistas e incomunicável. Cair e quebrar uma perna, desmaiar ou ser picado por uma cobra — e lá é garantidamente uma cobra a cada cem metros, sem erro — não teria como pedir socorro e poderia apodrecer ali numa infame morte. Resolvi então tomar algumas medidas de “backup”. Sempre antes de sair, eu avisava para um funcionário qual trilha eu iria seguir. E se eu não aparecesse até determinado horário, era porque algo aconteceu e eu provavelmente estaria precisando de socorro. Assim eu cancelava minha reserva nas catacumbas. E pergunte se escrevi algo aquela noite? Nada. A página em branco continuava olhando para minha cara até eu ir dormir. Com o passar dos dias, e com acontecimentos como aquele, eu percebia a dura verdade: eu estava só. Mesmo com alguns poucos padres e funcionários aqui ou ali que até o por do sol podiam ser vistos e ouvidos, eu estava só. Ainda mais que boa parte do dia eu sempre estava em locais onde literalmente não havia ninguém mais, nem se eu quisesse. Não tinha família, amigos nem ninguém para se preocupar comigo ou para eu me preocupar. Percebi o que era solidão, mesmo que só por um instante. A solidão faz bem ou pode matar. Tudo depende de como você lida com você mesmo, e por quanto tempo. Ao mesmo tempo que a solidão causa uma sensação de abandono, ela te coloca mais em contato com você mesmo e traz uma sensação de liberdade e autossuficiência, principalmente quando é a natureza sua única companhia. Eu já havia pesquisado bastante. Horas e horas na biblioteca ou no quarto com os livros que me foram emprestados me deixaram um expert sobre o Caraça. Eu havia mergulhado na história do lugar ao mesmo tempo que andava diariamente pelas mesmas construções ou cenários naturais citados nos livros e lendas. É uma sensação impagável. Impagável também foi conhecer, certa noite um visitante ilustre. Trata-se do Sr. Marinho, um ex-aluno do Caraça. Ele e sua esposa, muito simpáticos, dedicaram um bom tempo a me contar causos e explicar certas dúvidas. Me levaram então à Sala do Memorial, onde o Sr. Marinho me mostrou uma foto dele ainda criança, na banda do colégio. Estava chegando o fim da minha “expedição”. Ainda passaria mais um dia e uma noite lá, mas como era o fim de semana e alguns turistas já perambulavam para lá e para cá, dei por encerrada a missão e passaria o último dia conversando e relaxando, como um turista. A visão do turista no Caraça é superficial e deixa passar muita coisa, deixando as duas opções de turismo mais comuns ali como a do turismo religioso e o eco-turismo. Portanto se um dia você for visitar o Caraça, estude antes a história, você vai se maravilhar e “viajar” muito mais. Quanto ao texto, saí de lá sem nenhuma linha escrita, mas absorvi e aprendi tanta coisa, que os frutos serão muitos. Dei por cumprida a missão, voltei com a inspiração que precisava e muito mais. A partir de agora, começam a surgir os frutos de muita pesquisa depois de 2 anos. Um livro, um mini-documentário no Escriba Cafe, e muitos artigos.Portanto encontrei o que fui buscar no Caraça e, por experiência, afirmo: se algo está coçando muito em você, não hesite e vá.

  • O Enigma May Day

    Um enigma no Arizona que já perdura por décadas sem solução Ficha Técnica Roteiro: Christian Gurtner Produção e narração: Christian Gurtner PATRONOS Gabriel Gaspar WannaPlay George Fernando Belém Bezerra Silton Filipe Chaves LINKS CITADOS E/OU PARA PESQUISA The May Day Mystery Website Transcrição do Vídeo (As transcrições dos episódios são publicadas diretamente do roteiro, sem revisão, podendo haver ainda erros ortográficos/gramaticais e, assim, pedimos que marquem os erros e deixem uma nota para que possamos corrigí-los) Ler transcrição completa do episódio Há mais de trinta anos um mistério toma as páginas do Arizona Daily Wildcat, um jornal universitário da Universidade do Arizona. No dia 1 de maio de 1981 um despretensioso, porém incompreensível anúncio fora publicado numa das páginas do jornal. Em agosto, daquele mesmo ano, um outro anúncio parecido foi feito, mas dessa vez com escritos copiados de um manuscrito sumério de mais de 3000 anos. No ano seguinte, novamente no primeiro de maio, um novo anúncio é publicado, e dessa vez continha, além da já publicada frase em chinês simplificado, um rosto sorridente desenhado, o que se tornaria uma espécie de assinatura. De forma curiosa os anúncios continuaram — e continuam sendo — publicados todos os anos, fielmente no primeiro de maio e, alguns outros, em outras datas, como uma espécie de complemento ou até dica. Alguns desses anúncios são extremamente complexos e ocupam páginas inteiras do jornal — o que significa que, quem quer que fosse o autor, possui dinheiro de sobra para gastar em seu estranho quebra-cabeça. Os anúncios obscuros também mostravam que o autor, ou talvez grupo de autores, tinha grande conhecimento ou pesquisou incansavelmente as áreas de matemática, criptografia, referências históricas, teologia e simbologia. Mas qual seria o objetivo desse enigma? Pra que alguém gastaria uma grande quantidade de tempo e dinheiro publicando uma charada que há mais de trinta anos, ninguém consegue resolver? Algumas respostas para essas perguntas acabam gerando mais mistérios ainda. E é aí que a história começa a ficar mais intrigante: Até os anos 90 o enigma nada mais era que algo regional publicado num jornal e talvez não recebesse muita atenção. Mas com o início da popularização da internet, as coisas mudaram: em 1995, Brian Hance, um recém chegado estudante de jornalismo e ciência da computação na Universidade do Arizona, começou a se interessar pelo estranhos anúncios publicados no Wildcat. Já em 1997 Brian trabalhava diretamente para o jornal, onde então teve melhores ferramentas de pesquisa para desvendar o mistério, consultando arquivos, edições passadas e então descobrindo que o enigma já durava uma década. Tentou também descobrir quem era o autor dos anúncios, mas não conseguiu. Sem nenhuma chance de desvendar a charada, Brian publicou um website com todas as informações que possuía, bem como o andamento de sua pesquisa e pedindo, assim, ajuda para as pessoas para tentar desvendar o mistério. Em 1999 o mistério fica mais estranho. Brian passa a receber emails e cartas das pessoas envolvidas no anúncio, com dicas e alertas mais estranhos que os próprios enigmas. Numa das cartas, ele recebeu uma moeda antiga que parecia vir do oriente médio. Fica claro também que há um prêmio, em algum lugar há um cofre onde dentro está o prêmio para aquele que resolver o enigma. Em seu website ele também divulga todas as cartas e emails recebidos do remetente, que representa um grupo que agora têm um nome: “O Orfanato” De forma direta ou indireta, O Orfanato enviava dinheiro ou moedas antigas para que Brian mantivesse o website e vez ou outra cobrava de Brian a falta de novas atualizações no site. Esse interesse do misterioso grupo pelo website de Brian talvez se deve pelo motivo de Brian ter sido o primeiro a compartilhar em larga escala e conseguir assim muitos adeptos para solucionar o mistério. Porém, décadas depois, o enigma continua sem solução. Principal suspeito De acordo com uma antiga gerente de anúncios do jornal, o homem que os publica, pelo menos a partir da década de 90 é um advogado de Tucson, hoje com mais de 60 anos. Indagado ele afirma ser somente um intermediario do Orfanato e tudo o que faz é publicar no jornal o que lhe passam. Ele também se nega a dizer se é ou não um membro do grupo. Mas as suspeitas vão mais longe: membro do Mensa, a sociedade de pessoas com Q.I. muito elevado, o advogado também tem gradução em filosofia e doutorado em teologia, além de já ter feito parte também de sociedade matematicas, estatísticas e históricas, . Em seu escritório de advocacia, é possível encontrar livros sobre criptografia, simbologia, idiomas, história e em sua parede há hieróglifos e manuscritos hebreus. Tudo isso é muito óbvio. Tão óbvio que cria mais perguntas: porque alguém criaria enigmas de alto grau de complexidade para esconder a identidade e ao mesmo tempo deixaria evidências claras de sua autoria em seu próprio escritório depois de ter sido identificado como contratante dos anúncios? A razão pode ser um erro crasso ou, como ele mesmo diz: somente uma isca para esconder o verdadeiro autor. Hoje muitos dizem que advogado é um lunático e que os anúncios são somente parte de sua loucura. Ou simplesmente um passatempo obscuro onde não há solução para o enigma e somente charadas que não levam a lugar algum. Num dos anúncios mais recentes, em 2014, há talvez uma outra evidência de o enigma ser de autoria de uma pessoa só. A já considerada assinatura com a cara feliz está, dessa vez, calvo. Seria a representação do envelhecimento do autor? Porém, Brian Hance, o principal pesquisador sobre o May Day Mystery, e vários outros caçadores de tesouros que conheceram o advogado afirmam que ele não é o autor. Até hoje os anúncios misteriosos continuam sendo publicado no primeiro de maio de cada ano e alguns outros complementos em outras datas. Brian continua a receber cartas e emails do Orfanato. E o mistério também continua.

  • Tribos perdidas: um mundo a parte

    Imagine viver hoje em dia e não saber que existe eletricidade, armas tecnológicas, internet, computadores ou qualquer invenção de séculos atrás, como um simples motor a vapor ou uma tesoura. Imagine você não saber como é o mundo, as outras culturas, outros páises, não saber qual país é mais poderoso, qual guerra está acontecendo e, até mesmo, pensar que só existem um ou dois países no mundo inteiro com algumas centenas de pessoas.

  • Dialética, a arte de discutir

    dialética di.a.lé.ti.ca sf (lat dialectica) 1 A arte de discutir. 2 Argumentação dialogada, segundo a filosofia antiga. 3 Teoria hegeliana segundo a qual no universo tudo é movimento e transformação e as transformações das idéias determinam as transformações da matéria Eis aí a palavra que define algo que todos fazemos — ou tentamos fazer: discutir, debater! Em poucas palavras — e sem palavrório — vamos entender o que é a tão essencial dialética: Caminhando de mãos dadas com as diversas linhas filosóficas, a dialética teve Sócrates como pai — ou Zênon (não se sabe ao certo) e nada mais é do que o conceito essencial para toda a criação humana e sua evolução intelectual. Desde que o mundo gira habitado por animaizinhos com os cérebros um pouco mais desenvolvidos que o nível de segurança permite, a discussão, presente em todas as formas de comunicação humana, foi essencial para a humanidade descobrir, criar e compreender o mundo e o universo. E tudo isso se tornou mais claro quando Sócrates — ou Zênon — conceituaram a arte de discutir. A dialética é composta de três elementos básicos: a tese, a antítese e a síntese. Onde a tese se resume na palavra inicial, no assunto em questão; a antítese vem logo em seguida como uma oposição à tese e o resultado dessa argumentação é a síntese. Complicado? Vamos desenhar: Tese: Eu digo para você que o mundo é azul, pois vi uma foto de satélite que mostrava a imensidão do mar. Antítese: Você me diz que não concorda, pois viu uma foto, diferente da que eu vi, onde pode-se ver muito verde. Síntese: Vendo as duas fotos, concluímos, então, que o mundo é azul e verde e unimos nossas opiniões em uma só. Contudo, a dialética é um ciclo eterno. Nossa síntese é transformada novamente em tese quando uma terceira pessoa apresenta uma antítese à ela. A antítese, no caso, é a opinião de que o planeta possui desertos, nuvens e montanhas vulcânicas que, pela imensidão, tornariam-se, claramente, visíveis do espaço. Concordando com essa pessoa, formaríamos mais uma síntese de que o mundo é azul, verde, branco e marrom. E essa síntese pode novamente virar uma tese e assim por diante… Essa foi uma forma grotesca de explicação, mas espero que tenha sido compreendido. E, olhando pelo exemplo acima, fica fácil enxergar uma extrema beleza na dialética, no debate humano que estrutura nossa eterna busca por respostas, compartilhando opinião e conhecimento para construir nossas torres de sabedoria. Mas nem tudo é um mar de rosas. A arte de discutir monta um ciclo infinito e, portanto, sempre mutável. Nossas “irrefutáveis” sínteses de hoje podem se tornar frágeis teses amanhã: “a terra é plana”, “a terra é o centro do universo”, “existem vários deuses”, “existe somente um deus”, “solitárias são um excelente remédio de emagrecimento”, “o homem não pode voar”… quem nos garante que nossas certezas de hoje não serão descartadas num futuro próximo? E essas “certezas” acabam deixando a dialética de lado. O mundo está repleto de “donos da verdade”, e essas pessoas matam, intimidam, e arrasam civilizações para impor sua opinião como verdade. Mas num conceito mais pacífico, nas próprias discussões, vemos a imposição de opiniões. Faz parte de nossa natureza ou talvez da nossa cultura, mas está presente, sempre presente, a necessidade de “ter razão”, o medo de se ferir o orgulho ao ser contrariado; a vergonha, estruturada em nossa estúpida preocupação de como somos vistos pelas outras pessoas ao presenciarem nossas “teses”sendo derrubadas por “antíteses” alheias. Não somos obrigados a acatar a opinião contrária, mas devíamos — e isso é muito difícil — compreender em que nosso opositor se baseou para chegar àquela opinião e, assim, com certeza, aprenderíamos muito mais, debateríamos de forma mais saudável, acrescentado conhecimento e compreensão à nós mesmos. A Erística Com a já citada necessidade de “ter razão” os debates muitas vezes deixam de ser acontecimentos enriquecedores e se tornam uma batalha. É aí que entra o “lado negro” da dialética, que podemos exemplificar bem com a Erística. A Erística é a técnica de debate onde não se busca um consenso ou a “verdade” mas, simplesmente, vencer a discussão. Bem resumido em “Vencer um debate, mesmo sem ter razão”. É a vitória a qualquer custo. Já elaborada na Grécia antiga e bem definida no tratado de Schopenhauer intitulado “A Dialética Erística”, essa técnica de debate se tornou um dos alicerces de nossa sociedade. Tiranos, charlatões e até mesmo grandes filósofos a utilizaram para movimentar as massas. Vejo a Erística como a energia nuclear da dialética: pode ser usada para o bem ou para o mal. A fútil guerra de egos É muito difícil para nós, reles animais, abandonar certos conceitos, certos instintos e, principalmente, o orgulho — Lembram-se que já foi permitido “matar pela honra”? Perguntem aos seus pais/avós. Para o crescimento intelectual, humano e social, é necessário abrirmos mão de muitas coisas — desnecessárias, diga-se de passagem — para que consigamos dizer naturalmente “eu errei”, “eu não sei”, “poderia me ensinar?”. A dialética se mostra bela e fundamental para nós, como espécie coletiva que busca o crescimento. Mas é preciso aceitar que ela é eternamente mutável. É preciso ceder ao fato de que se lhe aplaudem hoje pela sua opinião, amanhã poderão lhe contradizer e, dependendo, você precisará aceitar, abrir mão do obsoleto para agregar ideias alheias. Tudo isso só te fará bem. Mas ao se chocar com mal, com o banal e com o errôneo, debata! Muitas vezes você descobrirá que estava errado em considerar aquilo banal ou simplesmente apagará um pouco da banalidade. Basta que todos saibamos discutir, usufruir e nos enriquecer com essa maravilhosa arte.

  • O mistério de Flannan Isles

    O nome Flannan Isles é dado a um conjunto de ilhas localizado a oeste da Escócia. Essas ilhas também são conhecidas por “Os sete caçadores”. A maior dessas ilhas é a Eilean Mor. Lá encontra-se um antigo farol, erguido em 1899. Assim como todo farol marítmo, o de Eilean Mor servia para nortear as embarcações que passavam pela região (era uma época em que radares e satélites não existiam). Ele piscava duas vezes a cada 30 segundos, podendo ser visto a mais de 30 kilômetros de distância. O farol era mantido por uma equipe de três homens. Mas as ilhas Flannan eram completamente inabitadas, o que formava um local pouco propício para longas estadas, podendo causar diversos males psicológicos. Dessa forma, a equipe de manutenção do farol era trocada a cada 14 dias, quando uma embarcação vinha à ilha para trazer a nova equipe e levar a que já tivesse cumprido seu trabalho. Apesar de isolada e inabitada, a ilha podia ser observada da Escócia através de um telescópio, e assim a equipe poderia, através de bandeiras, passar mensagens caso houvesse alguma emergência ou necessidade urgente, fazendo com que uma embarcação fosse despachada imediatamente. Mas havia um problema: não raramente a ilha ficava oculta em brumas, e a névoa impedia qualquer contato visual, o que não deixava nenhuma garantia de que a “mensagem” enviada através de bandeiras fosse recebida. Em 7 de dezembro de 1900, o chefe de equipe James Ducat chega à ilha acompanhado do primeiro-assistente-substituto Donald Macarthur e do segundo-assistente Thomas Marshall para iniciarem seus 14 dias de trabalho. Junto com a equipe, chegou também o superintendente de faróis para fazer uma vistoria habitual. Depois de feito seu trabalho, ele voltou com a embarcação deixando, como sempre, a equipe de três homens sozinha na ilha. Nos dias seguintes, a luz do farol pôde ser observada normalmente. No entanto, uma semana depois uma forte névoa e mau tempo impediram qualquer contato visual com a ilha. O navio SS Archtor, passou próximo a ilha no dia 15 de dezembro. Já era quase meia-noite e o capitão notou que a luz do farol estava apagada. A embarcação de suporte que deveria buscar a equipe no dia 21 de dezembro, o SS Hesperus, devido ao mau tempo, só conseguiu chegar à ilha cinco dias depois. Quando se aproximaram da ilha, não havia ninguém para recebê-los, o que era estranho, já que o protocolo exigia que, sempre que avistassem a embarcação chegando, a equipe do farol deveria levantar uma bandeira confirmando o avistamento e um membro da equipe deveria receber a embarcação. Não havia nem bandeira hasteada, nem ninguém da equipe para receber os recém-chegados. O capitão do SS Hesperus, ordenou então que a sirene de comunicação fosse tocada. Mas não houve resposta. O Segundo-Oficial do Hesperus, junto com o Terceiro-Assistente da nova equipe, entraram no bote e foram até ilha. Subiram ao farol e não encontraram ninguém. Não havia nem um som humano e nenhum sinal de vida. A porta da casa do farol estava trancada. O Terceiro-Assistente tinha as chaves e abriu a porta. Não havia ninguém no farol — nem vivo, nem morto. A casa do farol estava em ordem. Um almoço ou jantar havia sido preparado, mas parece que não foi comido. Os homens revistaram a ilha e não encontraram nada. Na verdade, nunca mais encontraram a equipe ou seus corpos. O caso foi levado às autoridades e novas buscas foram feitas. O livro de relatórios (que deveria ser preenchido todos os dias pela equipe da ilha) tinha como último registro o dia 14 de dezembro. De acordo com o relatório feito pela equipe desaparecida, uma forte tempestade atingiu a ilha no dia 13, mas que se dissipou na manhã seguinte e não houve problemas. As autoridades conluíram que, o que quer que tenha acontecido com os três homens, aconteceu na tarde do dia 14, já que o relatório desse dia ainda estava esboçado e não “oficialmente” registrado (o que seria feito durante noite). O que realmente aconteceu? De acordo com as autoridades, o mais provável é que, como houve uma tempestade na noite de 14 de dezembro, ela pode ter atingido a ilha. Os três homens saíram do farol para consertar ou assegurar algo que estivesse ameaçado pela tempestade e trancaram a porta ao sair. Durante a empreitada uma gigantesca onda os carregou para o mar. Mas o mistério continua. Ninguém sabe ao certo o que realmente aconteceu. Os corpos nunca foram achados e nenhuma outra pista surgiu até hoje.

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