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167 itens encontrados para ""

  • O misterioso Castelo Coral

    Eu descobri o segredo das pirâmides, e assim percebi como os antigos construtores levantaram e encaixaram blocos de várias toneladas utilizando somente ferramentas primitivas. Essas foram as palavras de Edward Leedskalnin, um imigrante Letão que construiu, na Flórida, por volta de 1923, uma misteriosa espécie de parque, que ficou conhecido como Coral Castle. Onde está o mistério? Primeiro vamos conhecer mais algumas fotos do Castelo Coral: Até agora nada de mistério, certo? É somente uma atração turística, sem nada demais, para os tempos modernos. Mas adicione os seguintes fatos aos seus pensamentos: boa parte dos blocos de pedra utilizados na construção pesam várias toneladas e Edward Leedskalnin esculpiu, levantou e montou toda a estrutura sozinho, utilizando apenas ferramentas primitivas e nenhum motor ou mesmo eletricidade. Você pode, agora, ver as fotos novamente com outros olhos. Durante a construção do Coral Castle, Edward Leedskalnin impediu qualquer pessoa de acompanhar o processo, e trabalhava somente durante a noite, usando lampiões. Um dos mais famosos atrativos do Coral Castle é uma espécie de portão que Edward montou utilizando um bloco de 9 toneladas. Ele conseguiu encontrar o perfeito centro de gravidade da pedra, fazendo com que uma criança conseguisse abri-lo usando apenas um dedo. O portão, em 1986, parou de funcionar. Engenheiros e especialistas o retiraram e reformaram, mas o portão ficou um pouco mais pesado de abrir devido ao ponto de equilíbrio. Qual era o segredo de Edward? Tudo fica mais misterioso ainda quando Edward resolve, por um motivo obscuro, mudar o Coral Castle de cidade. Levou todas as pedras para uma outra cidade da Flórida e remontou tudo ali. Como um homem de baixa estatura, sozinho, conseguiu essas proezas usando ferramentas primitivas? É aí que começa o mistério. Muitos partiram para teorias interessantes, porém quase místicas. Uma delas é de que o imigrante letão conseguiu, de alguma forma, inverter os pólos magnéticos das pedras, anulando, assim, a força da gravidade, ou simplesmente um outro controle misterioso dos campos eletromagnéticos. E foi exatamente por isso que teve que mudar de cidade, devido ao campo magnético do outro destino ser mais “propício”. Vários cientistas, porém, chegaram a uma conclusão mais palpável. Nada de mistério? Em momento algum Edward disse que possuía super-poderes — isso ficou por conta dos caçadores de teorias místicas. Ele somente afirmou ter descoberto o segredo da construção das pirâmides. A teoria que os cientistas levantaram é de que Edward Leedskalnin não levantou pedra nenhuma, ele simplesmente fabricou as pedras com cimento antigo, usando moldes, o que faz as pedras parecerem naturais. Tudo bem, agora sim dá para começar a aceitar que um homem sozinho tenha feito aquilo. Mas e a mudança de cidade do Coral Castle? Se ele fabricou as pedras, teve que carregá-las e novamente posicioná-las, o que nos leva de volta à estaca zero. A teoria é de que não houve mudança alguma. Edward simplesmente destruiu sua obra e repetiu o processo na nova cidade para reconstruir o Castelo Coral. Mas por que todo esse trabalho? Essas teorias podem aliviar um pouco a ansiedade daqueles que quebraram a cabeça para descobrir como aquilo foi construído. Mas, assim como todo mistério, várias perguntas ainda ficam no ar — isso se a teoria da fabricação de pedras realmente procede. De um jeito ou de outro, Edward Leedskalnin levou seus segredos para o túmulo. Se você entende inglês, pode se interessar por esse vídeo sobre o Coral Castle:

  • As placas Toynbee

    Um pequeno (ou seria grande?) mistério ronda as américas desde os primeiros anos da década de 90: Trata-se das Placas Toynbee (Em inglês Toynbee Tiles), que são pequenas placas contendo estranhas mensagens que foram surgindo gradativa e misteriosamente nos asfaltos de avenidas movimentadas.

  • Curiosas ilhas que você, talvez, não conhece

    Em qualquer website ou revista de viagens você encontra informações sobre diversas ilhas paradisíacas com resorts, gente rica e bonita (ou não) e muitos guias turísticos.

  • A maldição de Tutankamon

    Depois de 9 anos de seu nascimento, ele assumiu o trono do Egito, tornando-se um dos mais jovens faraós da história. Depois de 9 anos de reinado, ele morreu. Apesar de muito jovem, Tutankamon (1336–1327 AC) foi um bom faraó e reparou vários danos causados por seu pai, Akhenaton, incluindo a restauração da antiga religião (seu pai havia instituído o monoteísmo, causando diversas revoltas) A morte de Tutankamon guarda vários mistérios e, para deixar a história mais estranha ainda, ele, supostamente, matou várias outras pessoas 3.000 anos depois, através daquela que seria conhecida como “A Maldição de Tutankamon”. A crença na maldição surgiu depois que várias pessoas, que tiveram contato direta ou indiretamente com a tumba do jovem faraó, morreram de forma inesperada. A tumba de Tutankamon foi uma das maiores descobertas arqueológicas da história, isso devido ao estado de conservação e o inestimável tesouro intocado que jazia junto a múmia (é raro encontrar tumbas que não foram violadas e destruídas por saqueadores ao longo dos milênios) Ela foi descoberta, intocada, em 1922 pelo arqueologista Howard Carter. Ao contrário do que pregam as inúmeras lendas sobre o caso, ninguém morreu imediamente ao entrar na tumba. Tampouco houve uma morte “inexplicável”. Mas o fato de, ao longo dos anos, os descobridores da tumba, alguns assistentes e visitantes terem falecido, já foi o bastante para mexer com a imaginação das pessoas. Um dos “assassinos de aluguel” de Tutankamon merece destaque: o fungo Histoplasma capsulatum. Causador de uma doença sistêmica em pessoas com a imunidade baixa, ele vitimou alguns “violadores” da tumba “amaldiçoada”. O fungo sobreviveu na tumba graças a umidade e a falta de luz, prosperando por milhares de anos. E fazendo sua última vítima várias décadas depois, quando matou uma turista que tocou nas paredes da tumba.

  • UFO′s: Afinal, eles existem?

    UFO, sigla do inglês Unknown Flying Object, o que aqui no Brasil chamamos de OVNI (Objeto Voador Não Identificado) mas, nomenclaturas à parte, já que “UFO” se internacionalizou, a questão é: Eles existem? Todo mundo tem uma resposta, eu também.

  • Peças que seu cérebro lhe prega

    Nosso cérebro é um computador poderosíssimo e ainda relativamente misterioso. Ele é capaz de realizar tarefas que nem percebemos e reagir a estímulos de forma eficaz e fantástica, tudo para nossa sobrevivência. No entanto, algumas ações desse órgão cinzento chegam a ser engraçadas, como se ele nos pregasse peças. Conheça cinco peças que seu cérebro lhe prega: Seu cérebro não é um bom multitarefas Vamos fazer um rápido experimento: sentado em sua cadeira, erga de forma ereta a perna direita e comece a girá-la em sentido horário. Continue girando e, ao mesmo tempo, erga sua mão direita e desenhe no ar o número “6″. Fácil não é? Exceto pelo fato de que agora você, sem nem perceber a troca, está girando sua perna no sentido anti-horário. Você foi enganado(a) pelo seu cérebro preguiçoso. Ao perceber uma tarefa oposta entre os membros superior e inferior, e em vista da dificuldade do que você estava prestes a fazer, o lado esquerdo do seu cérebro encontrou uma saída mais prática: ajustar o membro inferior — que estava no piloto automático — para trabalhar no mesmo sentido do membro superior. Por isso que você achou tão fácil. Pelo menos agora você para de se gabar dizendo ser multitarefa. Cegueira para mudanças Seu cérebro não pode prestar atenção em tudo. Caso isso acontecesse, você ficaria louco(a). Por isso a CPU humana está sempre escolhendo em quê prestar atenção de acordo com a importância. No entanto, isso causa uma surpreendente cegueira, nos fazendo não perceber até enormes mudanças que acontecem bem diante de nossos olhos. Confira o vídeo com um experimento comprovando isso: Você possui um avançado sistema de piloto automático “Não me lembro dos últimos quilômetros dirigidos até chegar em casa”. Toda vez que você pensar isso ou algo parecido, pode saber: seu cérebro estava no piloto automático. Isso acontece com o aprendizado repetitivo, como andar de bicicleta. Os dois circuitos que controlam um aprendizado motor — um responsável pelos movimentos do corpo e o outro pela cognição — balanceiam as tarefas. Quando se está aprendendo, o circuito cognitivo está a todo vapor, depois que já se aprendeu e praticou bastante, o circuito motor toma conta da maioria das ações para a realização dessas tarefas. Enquanto o cognitivo vai se preocupar com outras coisas. Seu cérebro comete plágio sem você saber Já contou um caso para alguém e essa pessoa lhe diz perplexa que foi ela quem lhe contou esse mesmo caso? Seu cérebro detecta ideias geniais de terceiros mas não dá muita atenção, afinal, a ideia não é sua. Contudo, por gostar, ele guarda as informações básicas dessa ideia no seu subconsciente, ou seja, só a ideia em si, nada de autoria ou situação em que foi absorvida. Com o passar do tempo seu subconsciente leva essa ideia novamente a tona, mas em forma de um novo pensamento, pois não tem registrado nenhuma origem desse pensamento — logo interpreta como se fosse original. O nome disso é criptominésia. Ao contrário de você, seu cérebro não vive sem trabalho Não adianta meditar, esvaziar a mente ou o que for. Se você passou sua vida inteira enxergando, ouvindo e sentindo, seu cérebro se acostumou a processar todos esse dados que recebe sem parar e, por isso, não pode mais parar. Se de repente você for privado de ver, ouvir e sentir ao mesmo tempo, seu cérebro vai começar a inventar sons, visões e sensações para processar. Aí você já viu: fantasmas, unicórnios e diversas coisas que você juraria que viu/ouviu/sentiu. Existe até um experimento que você pode fazer em casa — não fiz e não recomendo, mas para os aventureiros aí vai: deite-se na cama, coloque som estático numa caixa de som e prenda com fita adesiva duas bolas de pingue-pongue, uma em cada olho. Relaxe a aguarde a efeito LSD.

  • As misteriosas Guidestones da Georgia

    Um enorme e estranho monumento com ferramentas astronômicas e regras para o nosso futuro foi erguido há algumas décadas na Georgia. E ninguém sabe por quem. Conheça as Guidestones da Georgia (Georgia Guidestones): #Enigma #História #Mistério

  • O dia em que nada aconteceu

    No dia 18 de abril de 1930, quem ligou o rádio para ouvir as notícias do programa matinal da londrina BBC, se deparou com algo que hoje nos parece impossível. O locutor simplesmente anunciou: “Hoje não temos novidades/notícias” (livre tradução). E então música preencheu o tempo que seria destinado às notícias do dia. Mas o que diabos aconteceu? Houve realmente um dia em que nada aconteceu? Sim e não. Naquela época as rádios eram supridas com notícias vindas de agências e, principalmente, do governo — não muito confiáveis, diga-se de passagem. Porém, nesse dia, as fontes de notícias parecem ter secado e a BBC não tinha mais o que noticiar. Era uma época onde a informação era lenta e muito distorcida (não que hoje seja diferente na distorção, mas na época era quase impossível, mesmo que uma rádio quisesse divulgar algo que aconteceu do outro lado do mundo com precisão). Mas naquele dia, nada de importante — para eles — tinha acontecido, e assim, nada foi noticiado. É claro que crimes e eventos estavam ocorrendo em toda parte do mundo. Mas eles não tinham como noticiar algo que não lhes foi entregue. Hoje, isso é algo inimaginável. Com a internet bastam alguns cliques e você lerá a notícia do alce que defecou no quintal de alguém, há alguns segundos, do outro lado do mundo. É por essa facilidade e velocidade de informação, que nunca faltam notícias e provavelmente nunca faltará pois, unindo o advento da internet com a crescente futilidade do povo (Brasil que o diga), mesmo que se nada de importante acontecer, ainda teremos ondas de informação sobre a celebridade que casou, a que traiu, a que fez cirurgia, a que bebeu uma dose a mais e também sobre os jogadores de futebol, e os campeonatos e todos outros eventos que não importam, mas que são noticiados para o povo que precisa do circo romano dos dias de hoje. É claro que não podemos culpar totalmente os jornais e revistas por tanta futilidade e inutilidade. Eles querem, como todos, dinheiro. E fornecem o que o povo quer — e consegue — ler. E mesmo com tantas formas de adquirir e transmitir a notícia com precisão — ou seja — a verdade, não o fazem. É preciso tomar partido para enfeitar a notícia ou, simplesmente mudar o sentido da mesma por algum interesse maior. E mesmo os que ainda respeitam o conceito de ética e querem ser verdadeiros, são sabotados por entrevistados que mentem, bandidos, policiais, políticos, diplomatas, assessores etc. O mundo hoje se encontra superlotado e é inundado com transmissões de notícias partindo de todos para todos. Boatos e pegadinhas tomam proporções alarmantes. Embustes criados em blogs populares são copiados por grandes jornais que nem sequer conferem o que estão publicando e todo o tipo de mentira é engolida por grande parte da população que ainda não percebeu o quanto as notícias são vulneráveis nos dias de hoje. O que aconteceu no dia 18 de abril de 1930 na BBC é uma lembrança quase ingênua de uma época não vivida que podemos romantizar e pensar que eles não se importavam com as asneiras que nos importamos hoje.

  • A futilidade e a ignorância criam celebridades grotescas

    “A massa nunca se eleva ao padrão do seu melhor membro; pelo contrário, degrada-se ao nível do pior.” Essa frase é creditada a Henry David Thoreau e eu nunca me canso de utilizá-la. Isso porque ela se aplica a tudo que envolve o povo, desde política e ideologia até ao reconhecimento do talento, sobre o qual iremos prosseguir. Antes de efetivamente iniciar este texto, vamos assistir à esse pobre coitado que, assim como vários outros, tentou ganhar algumas moedas tocando seu violino em uma estação de metrô: O vídeo é acelerado — mas o áudio não (apesar de parecer) — para mostrar que das mais de mil pessoas que passaram por ele, somente meia dúzia pararam por alguns segundos para ouvir um pouco e depois seguiram seu caminho deixando algumas moedas ou uma nota. Ele saiu de lá com $32. Ele não se importou por não ter ganhado muito dinheiro, pois isso não é um problema para ele, afinal, dois dias antes, ele havia lotado o Boston’s Stately Symphony Hall onde ingressos eram vendidos por $100 cada. Sim, esse homem tocando mal vestido numa estação de metrô de Washington — e que ninguém deu muita bola — era ninguém menos que Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo. Ali ele tocou 4 das mais difíceis peças que existem, incluindo Chaconne, de Bach, em seu violino que foi construído em 1713 por Antonio Stradivari e hoje avaliado em $3.500.000,00 (três milhões e meio de dólares). No vídeo não podemos apreciar a execução pois o áudio “espião” é muito ruim mas, no final, uma pessoa o reconhece, pois esteve recentemente em uma de suas apresentações. Esse foi um experimento realizado pelo Washington Post (WEINGARTEN, G. Pearls Before Breakfast. Disponível aqui.) e o resultado deixou grandes mestres da música de boca aberta, como o artigo mostra ao transcrever uma pequena entrevista com Leonard Slatkin, diretor musical da National Symphony Orchestra, em que foi perguntado o que ele achava que aconteceria se, hipoteticamente, um dos grandes violinistas da atualidade fizesse, incógnito, uma performance de 40 minutos na rua e que passariam 1000 pessoas por ele. Slatkin: Vamos presumir que ele não seja reconhecido e que se passe por um músico de rua. Mesmo assim, se ele for realmente muito bom, não acredito que passe despercebido. Na Europa, com certeza teria uma platéia maior… mas aqui, das 1000 pessoas que passassem por ele, creio que 35 ou 40 reconheceriam a qualidade por si só, e de 75 a 100 parariam para ouvir. Repórter: Então uma multidão se reuniria? Slatkin: Oh, sim! Repórter: E quanto acha que ele ganharia? Slatkin: Aproximadamente $150 Repórter: Obrigado, Maestro. Acontece que isso não é hipotético. Realmente aconteceu. Slatkin: Como assim? Repórter: Já te conto em um minuto. Slatkin: Bem, quem foi o músico? Repórter: Joshua Bell Slatkin: NÃO!!! O que isso, talvez, mostra? Que as pessoas pagam com tempo e dinheiro para estar em uma fina casa de ópera mais do que para ouvir a performance em si? Isso seria o mesmo que pagar caro para ir a um restaurante por causa do ambiente e não por causa da comida — mas é isso que acontece. Abaixo, uma performance de Joshua Bell, o mesmo do metrô que ninguém quis dar muita atenção. É óbvio que pagamos por ambos — ambiente e comida. Mas no caso da música, e da arte em geral, a maioria das pessoas estão a pagar mais pelo ambiente, pelo que lhes foi jogado como bom, pelo que está na lista de mais vendidos, pelo que está na vitrine, do que pelo artista em si. Aqui começa o não reconhecimento do talento das pessoas. A imagem, a “moda”, a influência dos que estão em nossa volta acabam moldando na massa o que é bom e o que é ruim. E principalmente em quem estarão os holofotes, a fama, o dinheiro e o principal: o “reconhecimento”. Joshua Bell, após a experiência, disse: “Eu estava me sentindo estranho… as pessoas estavam, na verdade… me ignorando” Ele foi ignorado assim como muitas outras pessoas com talento e dedicação excepcionais também são ignoradas diariamente nas ruas, nos pequenos teatros, nas prateleiras de pequenas livrarias, justamente porque a massa não os fez brilhar sob os holofotes, enquanto diversos outros que não tem talento sequer para cantar em churrascarias estão sendo reconhecidos como mestres da música, como celebridades importantes e ganhando muito dinheiro com todo o excremento que insistem em chamar de música, de arte e de “importante” forma de expressão. É como essa pequena orquestra de câmara: Entre os músicos do vídeo acima e o afamado Justin Bieber, qual você acha que precisou de mais talento, estudo e vocação para executar sua obra (sim, vamos supor que o que Bieber canta é “obra”)? Mesmo assim, o adolescente possui mais “reconhecimento”, fama e dinheiro do que os músicos acima. Ninguém é obrigado a gostar de qualquer gênero musical. A questão aqui não é gosto e sim talento, vocação e riqueza cultural. Por isso pode ser até um pouco estranho comparar Justin Bieber ou Britney Spears (outra que não consegue nem cantar direito e faz sucesso) com música clássica. Portanto para ilustrar a questão do talento, coloquemos no páreo alguém do mesmo gênero que os dois, porém com verdadeiro talento e vocação e que mereceu o sucesso: Michael Jackson foi uma figura controversa, esquisita até. Mas de talento inegável. Voz, coreografia, linguagem corporal e muita originalidade se somavam para seu sucesso. Coisa que Britney Spears e Justin Bieber tentam (em vão pela falta de talento). Cito Bieber e Spears como exemplo, mas são muitos outros também. É claro que não estou dizendo que eles não possuem nenhum talento, e sim que o reconhecimento que eles têm é infinitamente desproporcional à sua vocação e ao seu talento em si. É possível citar exemplos de todos os gêneros musicais, gostando ou não do mesmo, de artistas capazes de criar obras magníficas. Hip hop/rap? Claro: Esses são exemplos daqueles que foram merecidamente reconhecidos, e ainda podemos citar vários outros como Queen, David Bowie, até mesmo Cher — que assim como o gênero hip hop, não sou muito fã, mas reconheço quando existe uma obra prima ali, o que, de certa forma, me faz até gostar. No entanto o que vemos cada vez mais nos dias de hoje são músicos ruins ganharem o brilho da fama. Enquanto Biebers e Britneys lotam shows em qualquer lugar do mundo, com playbacks e autotunes, pessoas como essa estão incógnitas nas ruas ganhando merrecas: É claro que ele não é um “Joshua Bell” do violão, mas definitvamente é um músico muito melhor que bastante gente que está nas rádios. Mas os incógnitos hoje contam com a internet, que acaba levando seu trabalho para o mundo e, dependendo de como ele “viralizar”, pode ter a chance de ser reconhecido no showbiz (pena que para isso nem precisa ser bom ou ter talento, não foi assim com Bieber?) Se está fazendo sucesso, é porque uma massa os “declarou” merecedores e a indústria aproveitou para lucrar com isso. Muitas vezes nem é por opinião própria e sim porque foram inundados com aquilo. Festas, rádio, amigos com mal gosto e etc. É por isso que muitas pessoas no showbiz dizem que para se obter o sucesso, o talento é secundário. É preciso ter cara de pau e muita sorte (nem cito o Brasil nesse artigo para não gerar revolta, pois o caso na Republiqueta das Bananas chega a deprimir). No entanto, um caso de sucesso foi o projeto Playing for change, que inicialmente foi compilado com vários músicos de rua — com participações especiais de famosos — executando a mesma música — cada um com seu instrumento e/ou voz, formando, assim, uma banda cujos integrantes tocavam de lugares diferentes. Eles tiveram seu trabalho reconhecido e, posteriormente, se encontraram e viajaram o mundo em turnê divulgado seu trabalho e o projeto filantrópico que se tornou o Playing for Change. E é claro que os aplausos nesse caso não vão só para os artistas, mas também para os idealizadores do projeto. Gosto de pensar que as mesmas pessoas que passavam na rua sem dar muita atenção à esses artistas, hoje pagam caro para vê-los no palco. O experimento do Washington Post com Joshua Bell deu um tapa na cara dos “apreciadores” de música. Mostrou o que já é de senso comum da massa: “se fosse bom não seria de graça”. Poucos são capazes de simplesmente reconhecer uma grande performance se a mesma não estiver envolta a ingressos caros, palcos grandes ou luzes e efeitos. Um “espetáculo” é o que as pessoas precisam para se impressionar. Assim como foi o viral que um banco espanhol promoveu nas ruas, que, apesar de gratuito contou com toda a pompa de uma apresentação de gala: Mas espera um pouco. No vídeo acima antes mesmo do “espetáculo” começar já tinha uma pequena multidão apreciando o que estava sendo tocado. Vários fatores podem ter contribuído: o primeiro músico estava vestido de gala, o que certamente já impressionou os que estavam na praça; a presença de câmeras pode ter ajudado a multidão a pensar que algo iria acontecer ali; a música que estava sendo tocada é de conhecimento geral; e o principal: ali, como mencionado pelo Maestro Slatkin, é a Europa. Certamente os europeus tem uma tendência maior a apreciar música clássica e valorizar artistas. Mas além de tudo isso, algo mais colaborou: o inusitado. As pessoas gostam e se sentem atraídas pelo inusitado quando é algo bom. Uma orquestra surgindo do nada, no meio da praça, com uma música conhecida e tão aclamada? Talvez seja a internet e a vastidão de conteúdo que nos é arremessado diariamente. As pessoas podem ouvir e ver as melhores orquestras do mundo em HD pela tela do computador. É possível até acompanhar apresentações ao vivo. Muitos são massacrados por ordens obscuras sobre o que ouvir, o que é bom, o que é engraçado e o que é sucesso. As pessoas fingem ter bom gosto, fingem conhecer e entender o talento alheio, enquanto pagam centenas de reais para ir ao show de pessoas famosas e adoradas, porém medíocres. Talvez tudo isso deixa o pobre Joshua Bell a mercê do azar com seu violino de 3 milhões e meio de dólares do lado de uma lixeira de uma estação de metrô como qualquer outro. O talento, o estudo e a vocação não importam mais.

  • O mapa de Piri Reis

    Em 1929, foi encontrado em Istambul, um pedaço do que, um dia, foi um mapa mundi. A precisão (para a época) e beleza desse antigo pedaço de mapa, era impressionante. Contudo, o que mais chamou a atenção foi os mistérios que começaram a surgir em volta dele. O mapa foi criado no século XVI por Muhiddin Piri, um almirante otomano conhecido por Piri Reis.O almirante navegou pelos mares enfrentando batalhas e explorando terras. Durante suas viagens, colecionou vários mapas que encontrou. E foi através desses mapas que ele criou o seu famoso mapa do mundo. Além da inacreditável precisão para a época, o mapa também contava com os cálculos de longitude — algo que só foi possível fazer quase 300 anos depois de Piri Reis com equipamentos mais modernos. Como o mapa de Piri Reis foi uma compilação de outros mapas mais antigos, podemos perguntar quem conseguira fazer cálculos de longitude e por que esse conhecimento não foi passado adiante? Mas essa pergunta e esse mistério não chegam nem perto da mais impressionante peculiaridade do mapa: a Antártica. No mapa de Piri Reis, a Antártica foi mapeada – principalmente a costa – e o mais inacreditável: sem gelo. Nisso temos três mistérios: A Antártica só foi descoberta três séculos depois de Piri Reis O mapeamento da Antártica sob o gelo, só pôde ser feito nos tempos atuais, com equipamentos de alta tecnologia. O mapa foi desenhado como se a terra fosse vista do espaço. A última vez que a Antártica ficou sem gelo, foi aproximadamente há 6000 anos. Portanto, quem mapeou o local, o fez aproximadamente 4000 a.C. Mas quem? Comparado com os mapas modernos, o de Piri Reis apresenta vários erros de precisão e ainda cita ilhas que não existem (ou será que desapareceram?). Mas, para a época, o mapa possui informações que contradizem o que a história nos conta hoje, como o Peru, que não havia sido descoberto ainda. Em meio a vários artigos mencionando somente os mistérios de forma quase esotérica, Steven Dutch, da universidade de Winsconsin, escreveu um artigo tentando desmistificar o mapa (leia aqui — em inglês), mas muitas perguntas ainda ficam no ar. Aliens? Civilização técnológia milênios antes de nós? Ou só uma busca desenfreada por mistérios “insolúveis”?

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